sexta-feira, 27 de abril de 2012

Quero ser poeta

Sonho em ser poeta
Causar o frio da espinha
Emoldurar as palavras na rima
E pendurará-las na parede dos castelos que protegem o amor são
Tolo, talvez
Mas que fazer se me falta a harmonia para uma boa música?
E me sobra a ânsia de gritar ao mundo o meu (re)sentimento?
Pensa, sofre, escreve, apaga, escreve...
Faltam palavras...
Sobra paixão... e o arrependimento...
Que seria da vida dos amantes, de suas lamentações...
Se não fosse o arrependimento?
Arrependido estou eu
Que busco ferozmente no meio da minha lamúria um motivo pra mascarar a dor... 

E escrevo... e sofro mais...
E pranto... quase mais que antes... e continuo escrevendo... apagando... e sofrendo...
Mas estranhamente me vem o conforto como se alguém me dissesse:
- Calma compadre, vai passar... não conheces a lei do tempo? Que cala, corrói e empedra qualquer sofrimento?
-Conheço, sim. Conheço mais ainda a minha impaciência. Me ajuda, compadre... quero ser poeta!
- Não seja tolo, caro amigo. A poesia não está na falta de alvides das páginas. 

A poesia está na beleza e no sofrimento das coisas ao mesmo tempo!
Impossível? Não... por isso o tormento... Compadre, não queira ser poeta... 

Não faça isso consigo. Sê feliz. Não engrandeça teu desalento.


BS

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